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sábado, 23 de junho de 2007

Um pouco de sentimento

Confidências
Por Vanessa Balbo

Meus olhos, coitados!
Tentaram achar pouso em outras belezas que não fossem o seu corpo.
Desesperaram-se procurando algo que os atraísse mais do que o seu sorriso.
Mas perderam-se muitas e muitas vezes no seu olhar,
e ficaram indefesos e frágeis.
Perdidos, como uma criança que se solta da mão de sua mãe.

Pobre das minhas mãos!
Quiseram disfarçar o que era um instinto natural de tocar sua pele,
sentiram-se censuradas sem saber onde ficar.
Mas não resistiram e se entregaram a um toque mais afetuoso,
um gesto mais gentil, um carinho sugestivo.
Atrevidas, como a mesma criança que é arteira e jura ser inocente.

Ai do meu corpo!
Que resignado tentou se aquietar e frustrou-se,
angustiado, sem fôlego, alerta, tenso.
Mas sabendo-se apenas humano excitou-se com a sua proximidade,
inspirou o seu cheiro, ouviu os ruídos dos seus movimentos,
sentiu seu calor e captou sua energia.
Sedento, como essa criança que se lambuza do doce mais desejado.

Meu coração, tão ingênuo!
Almejava manter um ritmo normal de batidas,
como se fosse possível ignorar a alegria que a sua presença provoca
e esforçou-se por conter o entusiasmo.
Mas foi facilmente vencido e pulsou freneticamente
e ensaiou batidas altas e fortes, esperando ser ouvido, te saudando, te festejando.
Alegre, como a criança que acabou de ganhar um brinquedo novo.

Minha mente, confusa!
Pretendia manter o equilíbrio e conseguiu reprimir alguns pensamentos,
apenas os mais secretos, os que nem para mim mesma ousam se revelar.
Mas não pode evitar o turbilhão de idéias afoitas e lembranças doces
e não conseguiu conter a imaginação que é gloriosamente livre.
E liberta que é não tomou conhecimento nem de conceitos nem de preconceitos
e brincou com a minha timidez e explorou cada um dos meus pudores.
Eufórica, como a minha criança extasiada ao aprender uma coisa nova.

Minha alma, tão ansiosa!
Tentou aliviar meus anseios procurando consolo no sono dos justos.
Mas só conseguiu acalento quando lembrou que adormecendo eu podia sonhar.
E lá nos meus sonhos, eu posso!
Lá, minha boca já conhece o sabor dos seus beijos.
Minhas mãos já passeiam seguras por cada pedacinho de você.
Nos meus sonhos meu corpo se encontra com o seu como complemento.
E seus desejos são iguaizinhos aos meus.
Satisfeita, como a nossa criança que fica feliz de ter alguém pra brincar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Você existe mesmo? Você me parece uma pessoa muito especial?
Já escreveu livros? Se a resposta for sim, me diga onde compra-los.

VanBalbo disse...

Olá Anônimo. Eu existo sim e gostaria sinceramente de ser alguém especial, pelo menos para algumas pessoas rsrs ... Não escrevi livros rs ... só escrevo por vontade de me expressar e de tocar o coração das pessoas. Obrigada pelo incentivo.

Anônimo disse...

Se sua intenção é essa: tocar o coração das pessoas, então o faz muito bem. Obrigado. Me chamo Abraão.